[RESENHA]: Dexter - A Mão Esquerda de Deus

Autor: Jeff Lindsay
272 páginas
Editora: Planeta

Sinopse: "Dexter Morgan é um educado lobo vestido em pele de ovelha. Ele é atraente e charmoso, mas algo em seu passado fez com que se transformasse numa pessoa diferente. Dexter é um serial killer. Na verdade, é um assassino incomum que extermina apenas aqueles que merecem. Ao mesmo tempo, trabalha como perito da polícia de Miami... Em Dexter, a Mão Esquerda de Deus, o livro que deu origem à aclamada série de TV, o adorável matador depara-se com um concorrente de estilo semelhante ao seu, encanta-se e incomoda-se com ele, prevê seus passos... A escrita requintada de Jeff Lindsay nos faz mergulhar na mente de um dos personagens mais ambíguos da história da literatura de suspense. Nunca o macabro foi tratado com tanto refinamento e leveza. Dexter Morgan é uma obra-prima."
Introdução: 
O livro conta a estória de Dexter Morgan, um indivíduo com uma "pequena" imperfeição em sua personalidade. Dexter possui um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, falta de remorso e culpa por atos cruéis e tantas outras características que podemos associar ao um ser Psicopata. Sim, Dexter possui a chamada psicopatia e em determinados momentos possui um desejo desenfreado que o impulsiona a matar tanto pessoas como animas. No livro, esse desvio de caráter é personificado no chamado "Passageiro das Trevas", uma outra personalidade de Dexter que o instiga a cometer esses atos. Contudo, por que Dexter é assim?

Na vida real, há várias explicações e correntes na psicologia/psiquiatria - não sei bem qual área estuda esse tipo de transtorno - quanto ao motivo que leva  um ser a cometer tais atos. Alguns consideram que a psicopatia deriva de disfunções biológicas presentes na pessoa desde o nascimento; outros consideram que a psicopatia é causada por históricos traumáticos durante a infância e há quem diga também que um ser psicopata deriva da junção de todos esses fatores, logo é uma patologia multifatorial. 

No contexto ficcional, Dexter tem o distúrbio, pois viveu uma situação traumática na infância. Quando tinha apenas 3 anos de idade ele presencia um assassinato e isso marca ele para sempre.
Órfão, Dexter é adotado pelos Morgan, e é por eles, em especial por Harry Morgan, seu pai adotivo, que Dexter aprende a controlar esses impulsos e a só aliviar sua tensão em pessoas que realmente "merecem morrer", isto é, criminosos e assassinos. Assim, Dexter ruma sua vida seguindo o "Código Harry" - como ele chama as regras que seu pai adotivo lhe pediu para seguir - e se mistura dentro dos habitantes de Miami como uma pessoa normal, escondendo de todos quem ele realmente é.

Crítica:
Realmente fui surpreendido com a leitura. Tinha uma breve noção do que seria o livro, porque conhecia por alto a tão aclamada série de TV, a qual nunca vi nenhum episódio, nem tenho muita curiosidade de assistir. O livro, porém, é sensacional. O leitor é totalmente submerso na estória e inserido dentro da cabeça de Dexter. Nós percebemos como ele pensa, o que ele sente, ou melhor não sente, e ficamos abismados com algum de seus pensamentos, que são ao mesmo tempo tão cruéis, mas também tão naturais.
Conhecem a frase: "Seria cômico se não fosse trágico" ? Assim é o livro, com uma única diferença: você não se envergonha de rir da situação. Apesar, de tratar de uma temática psicológica densa, a forma como o personagem narra os acontecimentos e mostra seus pensamentos é tão singela e às vezes tomada por ironia que o leitor acaba encarado as coisas com naturalidade e até mesmo rindo de determinados comentários do personagem.




RESENHA: O Livro do Cemitério - Neil Gaiman

Autor: Neil Gaiman
336 páginas
Editora: Rocco

Sinopse:
"Enquanto seus pais e irmã são impiedosamente assassinados por um misterioso homem chamado Jack, um bebê consegue escapar de seu berço e se aventurar pelo mundo. Uma série de coincidências, aliada a uma grande dose de sorte, salva o pequeno de ter um destino tão trágico quanto o de sua família.Com um começo sombrio e violento, diferente do seu habitual, o escritor inglês provoca arrepios no leitor. A história do bebê sortudo e fujão começa quando ele chega à rua e sobe a colina em direção ao velho cemitério. Ele é perseguido pelo assassino de seus familiares, o homem chamado Jack. Já dentro do cemitério o neném conhece os habitantes do local. Fantasmas de outras épocas que vivem em suas covas e mausoléus e que por circunstâncias do destino são forçados a adotar e batizar o bebê, agora chamado de Ninguém Owens, o Nin, para salvá-lo do seu perseguidor. "
A Trama se desenrola ao redor de Ninguém Owens, que quando bebê , aos 2 anos de idade, escapa da morte ao sair de sua casa engatinhando rumo ao cemitério, enquanto um homem chamado Jack assassina toda sua família. A partir daí, mostra – se o crescimento desse menino junto aos fantasmas do cemitério que o acolheram e todo o desenvolvimento da criança nas artes fantasmagóricas – Sumiço, Medo, Passeio nos Sonhos, etc. -, além de explicar o motivo – clichê - dos assassinatos e porque o Nin Owens estava sendo caçado.

A estória é boa e tinha um grande potencial para ser melhor desenvolvida por abordar um assunto diferente e ao mesmo tempo interessante. Contudo, mesmo com a fluidez da narração e com um tema interessante, o livro não consegue fechar de forma satisfatória todas as linhas da trama, deixando alguns pontos sem esclarecimento e acaba por desembocar em alguns clichês.

A mensagem que o livro passa sobre o perigo que ronda a vida é bem legal e o desfecho do livro é emocionante, mas mesmo assim, os assuntos abordados no livro podiam ser melhor trabalhados, deu a impressão de que algumas informações foram jogadas, apenas para dar algum sentido a estória, mas acabou deixando muitas perguntas em aberto. 


Talvez, um pouco do meu desapontamento com o livro seja pelo fato de eu o ter lido com altas expectativas, não só por ser um livro com bastante comentários positivos, mas pelo fato de ser um autor bem conceituado não só entre leitores, mas também pela crítica.

Apesar de não ter sido um ótimo livro para mim, tenho certeza que é um livro que vai agradar muitos, por isso recomendo a leitura.

Link do livro no Skoob:  http://www.skoob.com.br/livro/101187

RESENHA: Deixados para Trás – Uma Ficção dos Últimos Dias.

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Autores: Jerry B. Jenkins, Tim LaHaye
Editora: United Press 
416 páginas

"O Pensamento de Rayford Steele estava numa mulher que ele nunca havia tocado. Com seu 747 totalmente lotado, ligado no piloto automático e voando sobre o Atlântico em direção ao aeroporto de Heathrow, em Londres, Rayford deixou por alguns momento de pensar em sua família. Naquele momento, ele acariciava a lembraça do sorriso de Hattie Durham, a chefe do serviço de bordo, e sonhava com o encontro que tinham marcado. Ao deixar a cabine por alguns momentos, Rayford teve seus pensamentos interrompidos. Hattie apareceu assustada e disse-lhe: "Alguns passageiros sumiram!" "

Simplesmente incrível. Não podia ser menos entusiasmante já que se baseia em um outro livro, que é muito instigante e ao mesmo tempo amedrontador – Quem leu o Apocalipse sabe disso. A obra traz um enredo envolto de uma temática totalmente cristã; mais especificamente, narra de modo romantizado o livro do Apocalipse encontrado no final da Bíblia e apresenta o início do fim.
A estória parte do Arrebatamento, momento no qual os verdadeiros cristãos, pessoas de fé que realmente viviam para Deus, foram levados para o céu.

A partir de todo caos que esse desaparecimento em massa, inclusive de todas as crianças, ocorre se desenrola a história, não contando o que aconteceu com os que foram, e sim o sofrimento e a luta pela sobrevivência dos que ficaram.
O livro me prendeu desde a primeira página.

"Este thriller psicológico, baseado no Apocalipse bíblico, tornou-se uma febre nos Estados Unidos. Neste volume, milhares de pessoas desaparecem misteriosamente. A resposta surge no decorrer da narrativa, quando descobrem que o juízo final está chegando e só os puros de coração subiriam aos céus. Para o resto da humanidade, restaram pragas diversas, terremotos e um convívio com o anticristo. "